No Estado do Maranhão, há muito tempo atrás, se fez uma peneira na Justiça Eleitoral para verificar os chamados “eleitores fantasmas”. E descobriu-se muitos fantasmas por aquelas bandas. Tanto é que numa das cidades os muros do cemitério foram pichados com supostos mortos pedindo que os deixassem em paz.
A Brasília do século 21 ganhou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investir a máfia das funerárias. Alguns meios de comunicação a chamam de a CPI dos Ossos, outros de CPI dos Caixões. Os holofotes desta tarde se voltaram, então, para o Cemitério do Gama, onde funcionário lotado no gabinete do deputado distrital Rogério Ulysses (PSB), presidente da tal CPI, invadiu o campo dos mortos a bordo de um trator com o objetivo de encontrar ossadas e restos de urnas mortuárias.
E o que ele encontrou no cemitério: restos de caixões e ossadas. Claro. Num cemitério existem caixões e ossadas. A PM baixou por lá. Quis saber se a “autoridade” tinha autorização para remexer os restos mortais. Rogério “holofotes” Ulysses foi para o local que se encontra interditado.
Essa CPI surgiu na esteira de denúncias de irregularidades nos cemitérios da capital federal. O assunto é propício para o encerramento de mais uma sexta-feira 13. Bem macabro. Mas outros preferiram dedicar o dia para homenagear Santo Antônio, o santo casamenteiro, um dos mais populares da Igreja Católica. Os mortos pedem um pouco mais de respeito.