É bastante comum em entrevistas coletivas, pelo menos aqui em Brasília, o entrevistado perguntar ao repórter: De qual veículo você é? E o bom humor produzia, em alguns casos, a seguinte resposta: Corsa 1997. Esse era o meu antigo (nem tanto) veículo ou carro. E provocava gargalhadas. Lá se vão 11 anos. Nem sei por onde anda o meu Corsa vermelho. Mas continuo fiel a GM.
Agora, em pleno século 21 – e não faz tanto tempo assim –, quando o repórter indaga o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, vem o seguinte questionamento: Depende. De que jornal você é? Diante da resposta do jornalista do Correio Braziliense, Teixeira sai com a seguinte frase: Não falo.
E os brasilienses – moradores nesta cidade ou aqueles que aqui nasceram – leitores do jornal do “Diários Associados” – ficaram sem a entrevista do dirigente “máximo” do futebol brasileiro. Mas, na página seguinte do caderno de esportes sai a explicação: uma reportagem do jornalista Lucas Figueiredo deixou-o bastante chateado. Diz a matéria que uma empresa de Teixeira teve ligações com Herbert Batliner, advogado num paraíso fiscal e especializado na lavagem de dinheiro.
Deste modo, o presidente da CBF foi tratado como sendo uma pessoa de mau humor. O repórter do Correio usa “aspas” de Teixeira em entrevista concedida para a Rede Record. Isso é o que chamo de um pool de jornalismo. E todos os profissionais estavam no Ginásio Nilson Nelson para a cobertura de entrega das chaves do centro esportivo que abrigará a Copa do Mundo de Futsal que começa no fim deste mês.
No Jornal de Brasília, Tribuna da Imprensa, Jornal do Brasil (Caderno Brasília) e nas emissoras de rádio e televisão, Ricardo Teixeira falou, falou e falou. E os leitores brasilienses do Correio só puderam tomar conhecimento destes assuntos se puderam “tirar uma casquinha” de um destes três concorrentes.
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